Acho que o criador do conceito “Babywearing” foi bastante feliz!
“Vestir o bebé”, é exactamente o que sinto quando encosto a Alice ao meu peito, com a cabecinha “à distância de um beijinho”!
#Pano Elástico
A 1.ª vez que experimentei o Babywearing a Alice tinha pouco mais de uma semana.
Nem sabia que era possível utilizar com bebés tão pequeninos.
Tinha recebido um pano da “Leva-me contigo” (que não fazia a mínima ideia como colocar …) e fui desafiada pela Filipa do Pinga Amor a experimentar, logo na consulta que nos deu em casa, mal chegamos da maternidade.
https://instagram.com/pinga_amor?igshid=uctwk9392m9
Fiquei fascinada, desde logo, pelo quão confortável era para a mãe e para um bebé tão pequenino.
A Alice tranquilizava automaticamente, adormecia encostada a mim e ficava por lá longos períodos sem resmungar.
Foi assim que comecei a ganhar autonomia nas tarefas de casa e que dei os primeiros passeios na rua com ela. Era setembro, a temperatura estava amena, o pano fazia-nos sentir seguras: a ela porque estava coladinha a mim, a mim porque sentia que embrulhada no pano ninguém se chegava a ela!
Usei o pano várias vezes em casa em “situações de crise”, para ajudar a tranquilizar e a adormecer, e até quando estava mais gente e confusão.
Aprendi a colocá-lo rapidamente.
A 1.ª vez parece confuso e complicado, mas apanha-se o jeito ao fim de duas ou três utilizações.
É muito mais fácil se alguém que já sabe nos ajudar a colocar das primeiras vezes, mas há uma série de vídeos no YouTube preparados para o mesmo efeito.
https://www.youtube.com/watch?v=nnY9CkxvVYU&t=31s
#Mochila
A Alice é um bebé curioso que, desde muito cedo, começou a ter vontade de segurar a cabecinha e espreitar tudo o que a rodeia.
O pano elástico começou a “irritá-la”, sobretudo quando usava um dos lados do pano para suportar a sua cabeça.
Esta limitação de movimentos, para quem gosta de explorar tudo, não era bem aceite, e, para mim, também não era opção deixá-la de cabecinha solta, porque ainda não a segurava convenientemente.
Durante uns tempos carreguei-a no pano, sempre a segurar a cabecinha dela com a minha mão, mas rapidamente percebi que isso me limitava muito os movimentos e era pouco prático para as duas.
Voltei a falar com a Filipa do Pinga Amor, e conselheira de Babywearing, que me sugeriu outras opções.
Pedi-lhe uma que fosse adaptativa, isto é, que acompanhasse o crescimento e desenvolvimento da Alice e que servisse até ela ser uma mulherzinha! 🙂
Recomendou-me a mochila Isara The One. É ergonómica, respeita a posição fisiológica da coluna e pernas do bebé e é multi posições!
Vai permitir acompanhar o crescimento e o peso da Alice, poupando as nossas costas!
Também é cara!
Mas encarei como um investimento que será diluído em muitos anos, e que trará muitas vantagens aos pais e bebé.
Comprei num site português Tartaruguitas e chegou a casa em pouco tempo.
Quando abri a embalagem “assustei-me” com o número de fitas e fivelas da mochila. Mas, mais uma vez, recorri ao YouTube, à ajuda da Filipa que está sempre disponível para me tirar dúvidas, e o ajuste ao corpinho da Alice ficou mais simples.
Depois de ajustada, vestir a mochila é facílimo. Apertam-se duas fivelas e ja está!
Trocamos, inclusivamente, entre mim e o P.(ai) muito rapidamente.
A Alice tem gostado deste novo “método de transporte”! Começa sempre a “viagem” muito atenta, mas acaba por ir relaxando com o embalo. E em alturas de grande utilização, é inevitável adormecer. A mochila traz um paninho extra que protege os bebés durante as sonecas, e tem sido aqui, durante esta fase mais complicada do sono da Alice, que têm sido as sestas maiores!
A mochila permite cruzar as alças atrás para quando os bebés são mais pesados ou as caminhadas com eles são mais longas. Também permite transportar o bebé as costas quando são mais crescidos, mas ainda não explorei essas opções.
#O que vestir?
Uma das minhas principais dúvidas, era sobre o que vestir ao bebé para os passeios na mochila nestes dias mais frios.
Mais uma vez, (e desculpem-me falar tanto dela, mas tem sido mesmo uma ajuda preciosa neste mundo da maternidade…) a Filipa do Pinga Amor deu-me as orientações:
Em dias de muito frio, gorro e vestir o casaquinho (kispo) do bebé, antes de o colocar na mochila. O nosso casaco vai acabar sempre por o proteger um bocadinho, mas é mais seguro que eles próprios vão protegidos por si só!
Podemos ainda colocar uma manta por cima, caso se justifique, mas o ideal é ir controlando os sinais do bebé!
Se a temperatura estiver mais amena, e a viagem não for muito longa, basta o gorro e a roupinha normal do bebé. Eles ficam colados a nos, recebem o nosso calor, e podemos sempre protegê-los com o nosso casaco. Calor a mais vai deixá-los desconfortáveis.
Para os dias se chuva, arranjei um casaco perfeito, que protege a mim e a bebé!
Comprei no LIDL, por um preço muito interessante e, para além de ser impermeável, traz uma “extensão” que permite tapar a mochila, e ainda um capuz para o bebé!
Não sei quando é que voltarão a estar disponíveis, mas estejam atentas que é uma óptima compra!
#Cuidados Babywearing
Como tudo o que está relacionado com o bebé, também os acessórios e utilização do Babywearing requer alguns cuidados, e, sobretudo, muita informação!
Em primeiro lugar, existem imensas soluções de Babywearing e “o que funciona comigo, pode não funcionar com vocês”.
Panos, Ring Sling, Mochilas, Mei Tai…
Procurem uma consultora de Babywearing, que vos mostre todas as opções disponíveis, vantagens e desvantagens de cada uma, vos deixe experimentar cada uma delas, para perceber qual a que mais se adapta a vocês.
Em segundo lugar, mas não menos importante, procurem soluções ergonómicas, que respeitem a posição fisiológica da coluna e pernas do bebé.
- Perninhas em “M”
- Coluna em “J” ou em “C”
- Cabeça à distância de um beijinho
- Nariz sempre desempedido

#Dos 0m aos …
Tenho curiosidade em perceber até quando a Alice vai “permitir” andar, assim, coladinha a nós.
No que depender de mim ( e das minhas costas…) será por bastante tempo!
Vou partilhando com vocês no IG a experiência.
Um beijinho
Mariana – @missfit.insta